quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mostra aborda alimentação do trabalhador



Prossegue até 14 de maio no Conjunto Nacional, em São Paulo, uma exposição que celebra a história da alimentação do trabalhador brasileiro nos últimos 35 anos, combinando elementos visuais e arte urbana com o patrocínio da empresa Ticket. O tema, embora restrito em foco e cronologia, é rico e pode remeter a muitas vertentes, desde a questão do alimento como direito garantido em convenções coletivas de trabalhadores, conquista do final do século passado, até o resgate histórico que passa pelo flagelo do trabalho escravo (quando a dívida com comida era maior que o suposto salário), a caracterização dos bóias-frias, impossibilitados de aquecer suas refeições, ou o uso das antigas marmitas, que inspiraram composições magistrais como Torresmo à Milanesa, cantada por Adoniran Barbosa (veja mais em Canções, vídeos e mais).

O período abarcado pela mostra está relacionado aos anos de atuação da empresa. Além da obras de arte os visitantes também poderão acompanhar a evolução do conceito social da alimentação, a relação da saúde com produtividade e a desnutrição como doença social a partir de infográficos sobre a história e evolução ao longo dessas décadas. O Conjunto Nacional fica na Avenida Paulista, 2073 (galeria da Rua Padre João Manuel), e a exposição poderá ser visitada gratuitamente de segunda a sábado das 7h às 22h e das 10h às 22h aos domingos e feriados.

Sobre o Conjunto Nacional - Instalado na Paulista desde a época dos grandes casarões, o Condomínio Conjunto Nacional é um marco na história de São Paulo. O projeto é de autoria do arquiteto David Libeskind e caracteriza-se por ser um dos primeiros grandes edifícios modernos multifuncionais implantados na cidade. Hoje existem ali apartamentos residenciais, escritórios, lojas comerciais, academia, cinema, teatro e restaurantes, além da maior livraria da América Latina em área construída, a Livraria Cultura.
No Conjunto Nacional trabalham cerca de 15 mil pessoas, com uma circulação diária de outras 30 mil. O condomínio, que instalou um programa de coleta seletiva em 1992, há nove anos produz uma decoração de Natal tipicamente nacional com materiais recicláveis e reutilizáveis recolhidos no próprio prédio.


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